A HISTÓRIA DA MULHER NO JORNALISMO BRASILEIRO
DOI:
https://doi.org/10.62790/rtfv13n1-002Palavras-chave:
Mulheres no jornalismo, Inserção feminina nas redações, Gênero e mídia.Resumo
O artigo aborda a evolução da presença feminina no jornalismo brasileiro, destacando a lenta conquista de espaços ao longo do tempo. Inicialmente exclusivo para homens, o mercado jornalístico começou a receber mulheres por iniciativa própria, como Maria Josefa Pereira Pinto, a primeira jornalista brasileira. Nas décadas seguintes, surgiram pioneiras como Eugênia Álvaro Moreira e Helle Alves, desbravando áreas antes reservadas aos homens. A inserção feminina nas redações aumentou gradativamente, com mulheres ocupando cargos de destaque e sendo reconhecidas por seus trabalhos. Em 1986, as mulheres já representavam 36% dos jornalistas, crescendo para 40% uma década depois. O rádiojornalismo, historicamente resistente à presença feminina, viu uma mudança significativa, atingindo 64% de mulheres em 2015. No telejornalismo, a década de 1960 e a de 1990 marcaram períodos de "feminização", com mulheres assumindo papéis importantes. Marília Gabriela foi a primeira âncora de telejornal em 1988, e a década de 1990 testemunhou a ascensão de figuras como Sandra Annenberg e Maju Coutinho. Contudo, apesar do aumento numérico, persistem desafios relacionados à igualdade de condições e salários, conforme apontado por especialistas.